segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Você é insubstituível?

 
Na sala de reunião de uma multinacional, o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível!!!"

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E Beethoven ?

- Como?!?! - o encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível, mas me responda: quem substituiu Beethoven?

Silêncio mortal na sala...

O funcionário fala então:

- As empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, etc e tal, mas,no fundo continuam achando que os profissionais são meras "peças" de uma grande "máquina" e que, quando sai uma peça, basta repor outra no lugar. Mas quem repôs a peça Beethoven? Ou a peça Ayrton Senna? Ou mesmo Santos Dumont? E Albert Einstein, então?

- Todos esses talentos marcaram a história FAZENDO O QUE GOSTAM E O FIZERAM MUITO, MAS MUITO BEM!!! Fizeram seu talento brilhar, e portanto conclui-se que FORAM SIM, insubstituíveis em suas áreas de atuação. Diretores e gerentes: revejam seus conceitos e começem a desenvolver o talento da sua equipe focando nos PONTOS FORTES e não mais nos pontos fracos!!!

"Esforce-se para que você seja um talento ÚNICO em sua área de atuação, e quando o for, com toda certeza ninguém te substituirá..."

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O Brasil explicado em "galinhas"...

 
Pegaram um cara em flagrante, roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.

DELEGADO: Que vida mansa, hein, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar... VAI PRÁ CADEIA!

LADRÃO: Não era prá mim não; era prá vender...

- Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. SEM-VERGONHA!

- Mas eu vendia mais caro!

- MAIS CARO???

- É que eu espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons...

- Mas eram as mesmas galinhas! Safado...

- Os ovos das minhas eu pintava!

- Que grande pilantra... - com certo RESPEITO no tom da voz do delegado... - Ainda bem que tu vai preso. AH SE O DONO DO GALINHEIRO TE PEGA...

- Mas ele já me pegou! Mas eu fiz um acerto com ele... me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar em nosso esquema e formamos um "ovigopólio"...

- E o que você faz com o lucro do seu negócio?

- Especulo com dólar, insvisto alguma coisa no tráfico de drogas, comprei alguns deputados, dois ou três ministros... consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para o programa de alimentação do governo e superfaturo os preços...

Nisso, o delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável...

- Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não deveria já estar milionário???

- Pois eu já sou trilionário!!! Também, com tanta sonegação de imposto de renda e o capital que envio ilegalmente para fora do País...

- E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

- Bem, sabe como é, né?

- Não sei não, vossa excelência. Por favor, explique!

- É que em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante! Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É UMA EXPERIÊNCIA NOVA!!!

- Que qué isso, excelência??? VOSSA SENHORIA NÃO VAI PARA A PRISÃO!!!

- Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!!

- Sem dúvida. Mas nesse País, as leis o consideram como réu primário, e com todos esses antecedentes V.Sª já está em liberdade!!!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Mineirinho esperto...


O mineirinho miudinho, todo tímido, embarca no ônibus de Divinópolis para Belo Horizonte.Seu colega de poltrona é um atleta de fisioculturismo, medindo seus 2 mts de altura, com cara de pouquíssimos amigos.

Lá pelas tantas da viagem, o fisioculturista no sétimo sono e o mineirinho todo enjoado com as curvas da estrada, até que chega em um ponto onde não aguenta e vomita todo o jantar no peito do seu colega de banco!!!

Mineirinho no maior desespero e o fisioculturista ainda roncando!!!

Chegando em Belo Horizonte, finalmente o fisiculturista acorda, e ao passar a mão no peito todo melecado, olha indignado e confuso para o mineirinho.Sem perder tempo, o mineirinho coloca a mão no ombro do seu companheiro e pergunta:

- I intão, sô! Cê já miorô?!?!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Advogado sabichão...

Um advogado dirigia distraído e passa sem parar num sinal de PARE, em frente a uma viatura do BOPE. Ao ser abordado pelo oficial, o seu lado espertalhão aflora e decide prevalecer sobre os policiais:

Policial: - Boa tarde. Documento do carro e habilitação.

Advogado: - Mas por que, policial?

- Não parou no sinal de PARE, ali atrás.

- Eu diminui e como não vinha ninguém...

- Exato.... Documento do carro e habilitação.

- Você sabe qual é a diferença jurídica entre diminuir e parar?

- A diferença é que a lei diz que num sinal de PARE, deve-se parar completamente. Documento e habilitação.

- Ou não, policial. Eu sou advogado e sei de SUAS limitações na interpretação de texto de lei. Proponho-lhe o seguinte: Se você conseguir me explicar a diferença legal entre diminuir e parar, eu lhe dou os documentos e você pode me multar.. Senão, vou embora sem multa.

- Positivo, aceito. Pode fazer o favor de sair do veículo, sr. Advogado?

O advogado desce e então os integrantes do BOPE baixam o cacete, soco pra tudo quanto é lado, tapa, botinada, cassetete, cotovelada.

O advogado grita por socorro e implora para parem a todo custo.

Policial: - Quer que a gente PARE ou DIMINUA?

- PARE!...PARE!...PARE!...

- Positivo... Documento e habilitação.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A Correta Oração...

Será que sabemos orar, mesmo?

A experiência mais importante de minha vida...

Certa vez fizeram-me uma pergunta: "O que, de mais importante, você já fez em sua vida?"

Foi em 08 de outubro de 1990. Estava em um clube com um ex-colega que há muito não o via. No meio do nosso papo, chegou o pai do meu amigo de carro informando que o seu neto bebê parou de respirar e que foi levado para o hospital com urgência.

Imediatamente, meu amigo subiu no carro de seu pai e foi-se, sem despedir. Atônito ainda com a situação, sem mover-me, pensei: devo seguir meu amigo ao hospital? Hum...

Raciocinei: minha presença não serviria de nada, pois sou advogado e a criança certamente já se encontrava sob cuidados médicos. Oferecer meu apoio moral? Tanto ele quanto sua esposa vinham de famílias numerosas e sem dúvida estariam rodeados de familiares e amigos realmente chegados. A única coisa que eu faria indo até lá era, no mínimo, atrapalhar!

Decidi então que mais tarde iria ver o meu amigo. Mas quando dei a partida no meu carro, percebi que o meu amigo havia deixado o seu carro aberto e com as chaves na ignição. Resoluto, fechei o carro e fui até o hospital entregar-lhe as chaves.

A sala de espera estava repleta de familiares e amigos que consolavam o casal. No momento em que eu estava tentando entrar sem ser notado um médico aproximou-se do casal e, em voz baixa, comunica a confirmação do falecimento do bebê...

Presenciei nesse momento muito choro, lamentações e abraços. E resolvi esperar ali o tempo que fosse preciso, pois eu naquele momento era um completo inútil naquela cena toda...

Foi quando a esposa de meu amigo encaminhou-se até a porta e percebeu minha presença. Ao ver-me ali, surpresa, aquela mãe me abraçou e começou a chorar. Nesse momento meu amigo se refugiou em meus braços e me disse:

- Muito Obrigado por estar aqui!

E durante todo o resto da manhã fiquei sentado ali na sala de emergências do hospital, vendo meu amigo e sua esposa segurar nos braços seu bebê sem vida, despedindo-se dele. E porque esse foi o fato mais importante de minha vida?

1ª: o mais importante que fiz na vida ocorreu justamente quando eu não pude fazer absolutamente nada! Tudo que aprendi na universidade, os anos em que exerci minha profissão, todo o racional e intelectual que utilizei para analisar a situação lá no clube NÃO me valeram para essa circunstância.

2ª: o mais importante que fiz na vida esteve prestes a NÃO ACONTECER, devido aos ensinos que aprendi na universidade, aos conceitos do racional e do intelectual que aplicava na minha vida pessoal e profissional. Hoje, não tenho dúvida de que eu deveria ter subido naquele carro SEM VACILAR e acompanhar meu amigo ao hospital, custasse o que custasse!!!

3ª: aprendi que a vida pode mudar em um instante, assim, simples como um piscar de olhos, e na velocidade do pensamento! Aprendi que devo buscar um equilíbrio entre o trabalho e a minha vida, e que nenhum emprego - POR MAIS GRATIFICANTE QUE SEJA - compensa perder umas férias, romper um casamento ou mesmo passar um dia festivo longe da família. Aprendi que ganhar dinheiro, ascender socialmente e profissionalmente, receber honras e prestígio, nada disso tem o valor de uma amizade cultivada de pessoas que nos cercam, nossos amigos.

Por isso você recebeu essa experiência real de vida, MEU AMIGO!!!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Vende-se um sítio...


Carta do Zé Agricultor, para Luis, da cidade...

Luis, quanto tempo!

Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.

Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra né Luis?

Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.

Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança. Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?

Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né...) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?

Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.

Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.

Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia,isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.

Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pran fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ia mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande né?

Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios aí da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.

Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora! Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.

Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.

Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia... Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.

Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.

Até mais Luis...