quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Hora marcada para amar...


Quando os casais se separam, os filhos passam a sofrer uma série de consequências. Para eles, pouco importa se os pais já não se suportam, se têm grandes diferenças ou se optaram, por qualquer outro motivo, pela separação. Quando consultados, na quase totalidade, responderão que gostariam de ficar com os dois. Mas, a verdade é que acabam por ficar com o pai ou com a mãe...

Ao cônjuge que não ficou com os filhos cabe a tarefa de se apresentar em dia e hora determinados para as visitas, conforme combinado no divórcio. Embora esse acerto seja um item que pode facilitar para o casal, certamente NÃO O É PARA AS CRIANÇAS!!!

Elas passam a ficar compromissadas com aquele que as deve vir buscar naquele horário e devolver, como se fossem mercadoria. É uma situação bastante incômoda para as crianças. Por vezes, elas precisam rejeitar convites de amigos, excursões da escola porque é o dia da visita. Porque, afinal, se elas disserem ao pai ou a mãe, cujo dia cabe a visita, que têm outros compromissos, sempre haverá de soar para aquele cônjuge como maquinação do outro cônjuge, para impedir o acesso aos filhos.

Também, por vezes, as crianças prefeririam ficar em casa, chutar bola no gramado, assistir TV. Contudo, é a hora do passeio e elas precisam ir! O pai ou a mãe que as busca se sente, por sua vez, na obrigação de fornecer um passeio diferente, inédito. Afinal, é tão pouco tempo que têm juntos. Mas os filhos não são consultados sobre o que gostariam de fazer naquele final de semana, naquele feriado. Aos poucos, o que deveria ser um agradável encontro com a parte ausente de suas vidas, se torna um compromisso pesadíssimo!


Aquele dia está sempre compromissado e é preciso atender a programação que é feita: passeio, lanche, conversa, futebol, cinema. Tudo com hora certa e marcada. Delimitada.

Quando a programação está excelente, é preciso ser interrompida porque é hora do retorno. Sem chance de se alongar. A hora está marcada! Agora, se a programação não está muito boa, é preciso aguentar até o fim!!! Tudo isso acaba por ir deteriorando o relacionamento dos filhos com os pais.

Ao invés de rigidez sistemática, entendimento mútuo para flexibilidade de dias e horários de visitas. Com certeza, a má vontade que, por vezes, os filhos demonstram desaparecerá, porque eles se sentirão mais livres para usufruir, com todos os detalhes, a convivência com um e com outro, sem pressões, sem traumas...

Um comentário:

  1. Muito boa reflexão!
    Quando me divorciei, meu ex tinha livre acesso aos meninos. Podia vê-los sempre que quisesse.
    Acho até que ele abusava dessa "liberalidade". Ficava difícil para eu conseguir sair com os meninos, porque o pai ficava arranjando programações para fazer com eles.

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Anderson Rieper