segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Entrevista de emprego...




Um jovem de nível acadêmico excelente candidatou-se à posição de gerente de uma empresa. O diretor fez a última entrevista:
- Tiveste alguma bolsa na escola?

- Nenhuma.

- Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades?

- O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades.

- Onde trabalha a tua mãe?

- A minha mãe lava roupa.

- Mostre-me suas mãos, por favor!

O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.


- Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as  roupas?

- Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu.

- Quando voltares à sua casa, vá e limpe as mãos da tua mãe, e venha ver-me amanhã de manhã.

Chegando em casa, pediu à mãe que o deixasse limpar as suas mãos, e enquanto limpava as mãos dela uma lágrima escorreu-lhe pelo rosto: era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas e continham algumas contusões, e foram estas eram as mãos que lhe pagaram as mensalidades.

Após limpar as mãos da mãe, o jovem foi lavar as roupas que faltavam sem lavadas...

No dia seguinte o jovem foi ao gabinete do diretor:
- O que fizeste ontem e diferente?

- Eu limpei as mãos da minha mãe, e depois acabei de lavar as roupas que sobraram.

- Diga-me como se sente agora...

- Agora sei o que é dar valor: sem minha mãe eu não estaria aqui hoje, além de ao ajudar a minha  mãe em lavar as roupas, percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto.


Uma criança que é protegida e tem habitualmente tudo o que quer, vai desenvolver-se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai presumir que todos devem ouvi-lo, nunca estando ciente do sofrimento dos seus empregados - e provavelmente colocando a culpa dos erros nos outros.

Como pais estamos realmente mostrando amor para com nossos filhos, ou estamos apenas destruindo o caráter deles?

Não há problema algum que seu filho viva em uma grande casa, faça boas refeições, aprenda piano e veja televisão numa ela enorme. Mas quando for cortar a grama deixe-o experimentar isso; após a refeição deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs; permita que ele mesmo guarde seus brinquedos e arrumar sua própria cama - MESMO QUE VOCÊS TENHAM UMA EMPREGADA (ela também merece descansar...)

Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por você?

10 comentários:

  1. Fantástica historia, feliz do filho que teve a oportunidade de ainda dar valor as mãos enrugadas de sua mãe, a maioria só entende esse valor quando perdem, aí é tarde demais. Amei.

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  2. Eu fiz primeiro para depois receber da minha mãe.
    Vou explicar melhor:
    Aos 6 anos de idade ajudei a minha mãe cuidando do meu irmão na época com alguns meses de nascido. Dava banho, fazia o mingau...e olhava no papel escrito 12:00 quando o relógio dava o mesmo numero eu corria para vizinha e deixava meu irmão para ir a escola. Sorte minha que era próximo.
    Sou de família simples e a minha mãe precisou trabalhar fora junto com meu pai. Restou para mim a responsabilidade de cuidar de uma criança assim como eu também era.
    Parte mais difícil foi aprender ascender o fogo para fazer o mingau. Tinha medo de queimar os dedos, quando o mingau de fubá estava encorpando saia bolhas e sempre esquentavam minhas mãos.
    Hoje não me dói, não me sinto abusada, mal tratada pela minha mãe...
    Mas ainda me emociono quando recordo.
    Agradeço ela de certa forma por ter me dado a chance de crescer mesmo que de forma precoce.
    Mas no fundo ela sabia que podia contar comigo, ainda que aos 6 anos.
    Depois uma tia minha me colocou certo dia para arrumar todas as roupas do guarda roupa, que alias não eram minhas. Derrubou tudo na cama. Fez aquela montanha...
    Aos poucos eu arrumando acabei dormindo em
    cima delas. Fui acordada aos tapas. Eu tinha 9 anos de idade. Ganhava 1 real para lavar a louça da minha tia. Hoje eu tenho para dar aos filhos dela, levo presentes sem pedir nada em troca. A vida foi assim comigo, pediu mas devolveu em dobro!
    Tenho atuais 25 anos, choro quando me recordo mas alivio meu coração sabendo que hj tenho ensino superior, sou humilde (mas não demonstro para qualquer um pois receio as más intenções).
    Já viajei pela Europa....sou casada e não tenho filhos por tanto ter cuidado dos outros quero hoje apenas cuidar de mim. No máximo me priorizar alem de dar atenção aos outros mas não 100%.
    Ficou aquele "resquício" da minha história.
    Mas agradeço a vida por me deixar cada vez mais bela.

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  3. Sem palavras,lindo,emocionante...uma lição a ser passada adiante!!!

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  4. Bem...e ai??? o rapaz que queria ser Gerente foi contratado ou não?????

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  5. Boa noite, gostaria de saudar a pessoa que se identifica como Anônimo 8 de agosto de 2012 10:08, adorei sua história, é o retrato digamos atual de nosso país, eu também vivi uma infância conturbada, comecei a trabalhar cedo, tanto que aos catorze anos já estava de carteira assinada, o que hoje não é admissívvel pelos governantes. parabéns pela tua garra força e coragem Anônimo 8 de agosto de 2012 10:08

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Anderson Rieper